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Author name: adminebtb

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Terapia Breve não é apressada

Terapia Breve não é apressada Há alguns anos, dando supervisão para um aluno do curso de Terapia Breve, observei o quanto ele estava ansioso para que as mudanças de seu cliente ocorressem. A todo instante me dizia: “Mas, já temos 8 sessões !” E eu lhe respondia: “Calma,só temos 8 sessões”. E ele: “Mas o combinado são 16 sessões, neste ritmo a terapia não vai ser breve nunca!”. Neste instante, percebi que ele, como muitas pessoas,confundiam brevidade com pressa. Disse-lhe então: “A Terapia que fazemos é breve, mas nunca apressada”. Depois disto parece que algo mágico lhe ocorreu e ele respirou aliviado. Considero que em tempos de fast-food até seja natural que as pessoas associem a terapia breve a algo rápido ou apressado. No entanto, o número de sessões na psicoterapia breve não é o fator principal. Podemos negociar 10 sessões com um cliente e nem por isso realizar uma terapia breve. Ser breve significa ter objetividade, foco, respeitando a subjetividade e ritmo de mudança de cada pessoa. A terapia é breve, por trabalhar com intervenções sob medida, levam os indivíduos a um processo de reflexão e mudança de comportamento em um espaço curto de tempo. É breve porque ao acionar recursos e pontos de saúde do cliente, automaticamente as mudanças começam a acontecer em um efeito cascata. Certa vez, perguntaram a um piloto de corridas, (cujo nome não me recordo) qual manobra ele não poderia executar ao fazer uma curva a 220 km/h. Ele respondeu: “A única coisa que não posso é ter pressa.” O mesmo ocorre na terapia. O terapeuta pode ser perspicaz, rápido e hábil em suas intervenções, mas, se apressar-se, provavelmente deixará de caminhar junto com seu cliente. Pode parecer paradoxal, mas embora a terapia breve tenha um tempo delimitado, ela não é limitada por este. O tempo é um fator motivacional, que funciona como um marcador cerebral e não como uma camisa de força. Assim, em terapia breve é preciso ter paciência e ao mesmo tempo perspicácia e precisão para realizar intervenções que possam produzir uma mudança de significado, de atitude, de ponto de vista e de comportamento dos clientes. É preciso ter visão e ação estratégicas, pois a mudança de um ponto pode desencadear a mudança de outros. É importante também, saber que nem todas as questões problemáticas podem ser resolvidas em um único processo terapêutico; por vezes pode ser necessário abrir-se um novo ciclo, de acordo com novas necessidades que surgem.  

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Sua terapia dá resultados?

Sua terapia dá resultados? Sua terapia dá resultados mesmo? Esta foi a pergunta que um senhor me fez, assim que se sentou no sofá do meu consultório. Embora trabalhe há anos com psicoterapia breve chamou-me a atenção, ter sido esta a primeira coisa que ele disse. Segundo ele, a pergunta se deveu a um cansaço de já ter ido a vários profissionais e realizado outros processos de psicoterapia, porém sem sucesso na resolução de suas dificuldades. Nestes, até conseguia compreender o seu problema, mas o “danado” continuava ali, presente em sua vida. O que ele queria, e com muita legitimidade, era não só compreender, mas principalmente, encontrar soluções e ficar livre do que o atormentava. A meu ver, a pergunta e angústia deste senhor levantam um importante questionamento para os psicoterapeutas: Que tipo de terapia cada um realiza? É uma psicoterapia que se preocupa e se ocupa em obter resultados? Ou não? A psicoterapia focada em resultados possui características muito específicas: Estabelece metas e objetivos terapêuticos. Não podemos avaliar resultados se não sabemos o que o cliente deseja mudar. Por isso, procura estabelecer um fio condutor que direcionará o processo. E ainda, estas metas não são parte de uma agenda oculta do terapeuta, mas fruto de uma conversa colaborativa entre os dois. O terapeuta entende que a cura de toda dor emocional é urgente, portanto deve dispor e buscar intervenções e ferramentas que impulsionem o processo de mudança e a autonomia do cliente. Possibilitar que o cliente se torne independente da terapia é um ponto importante neste modelo terapêutico. O terapeuta preocupa-se em trabalhar de forma ativa e colaborativa, auxiliando o cliente a construir uma nova história. A terapia é contextualizada e sistêmica levando em conta desde os aspectos culturais até a época na qual o cliente está inserido. Em outras palavras, para o século XXI uma terapia do século XXI. O cliente é incentivado a realizar tarefas fora do horário das sessões, assumindo assim compromisso e comprometimento para com as mudanças desejadas. O terapeuta avalia em conjunto com o cliente os avanços e resultados obtidos no processo, decidindo, os dois, se o processo pode se encerrar ou não. Uma terapia focada nos resultados é então, uma terapia comprometida com os ganhos, conquistas e mudanças do cliente. Uma terapia que respeita e entende como legítimo o desejo do cliente em obter alívio e cura das suas dores emocionais. Vista por outro ângulo, a terapia focada em resultados é, na verdade, uma terapia focada no bem estar do cliente.  

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A linguagem e a realidade inventada no processo terapêutico

A linguagem e a realidade inventada no processo terapêutico “As palavras precisam ser relativizadas ao modelo de mundo que tem a pessoa com que se fala” (Bandler e Grinder) Para um terapeuta ericksoniano e sistêmico é tão importante adotar uma comunicação particular quanto se concentrar na observação do sujeito. Com efeito, entre os grandes princípios ericksonianos este é um que exige do terapeuta utilizar tanto sua comunicação quanto o desenrolar das intervenções, tudo o que lhe traz a pessoa tudo que ela leva consciente ou inconscientemente.  Essa vigilância se aplica por consequência em dois domínios: o conhecimento da personalidade do cliente e do seu comportamento verbal e não verbal durante toda a sessão. Milton Erickson dizia que precisamos estar atentos às dicas mínimas trazidas por nossos clientes além também das realidades e expectativas que já possuem a respeito de seus problemas. Quais são as profecias auto realizáveis que os clientes trazem? Que realidade pessoal apresentam através de seus pensamentos e padrões de interação repetitivos? Desta forma, o ficar atento ao que falam e ao que não falam é uma arte que precisamos desenvolver e praticar na psicoterapia. Veremos aqui alguns pontos a serem observados:  1. Todos os clientes chegam ao processo de psicoterapia com crenças limitantes e muitas profecias que se cumprem pelo simples fato de terem sido profetizadas. É o que Paul Watzlawick denomina de profecias auto-realizadoras. É importante que o terapeuta fique atento às falas e processos que o cliente apresenta como formas de manter essas crenças e profecias limitantes. Podem ser crenças baseadas em experiências anteriores ou nos segredos e mitos familiares. Geralmente estas crenças limitantes determinam pensamentos repetitivos e padrões de interação engessados.  2. As terminologias usadas pelo cliente tais como rótulos que atribui a si mesmo, palavras que indicam pessimismo ou esperança são indicadores da forma de estar no mundo e de processar as informações que o cliente recebe do seu sistema.  3. A linguagem não verbal também precisa ser muito observada tais como incoerências entre o que fala e o que demonstra em termos de sentimento, posturas físicas, posicionamento no ambiente, dentre outros.  4. Na linguagem verbal podemos observar formas de processar e perceber o mundo. Destacamos as seguintes:  ● A omissão: de tudo o que se poderia perceber do mundo exterior a pessoa se atém apenas a uma parte e abandona muitos outros aspectos significativos e importantes. Omite dados e fatos da sua realidade.  ● A generalização: a pessoa tira conclusões de cada experiência particular e aplica a outras circunstâncias similares; da mesma maneira que com uma mensagem se pode fazer referência a uma generalidade de pensamentos. Esta falha pode levar o ser humano a criar regras para si e para os outros, podendo muitas vezes criar a crença de que todas as experiências posteriores podem ser boas ou ruins. A generalização acontece quando uma experiência se torna a base para todas as outras impossibilitando a pessoa de encontrar exceções e novas descobertas para si e para o outro. Veja um exemplo muito utilizado: Ex.: Ninguém gosta de mim. Pergunta: Ninguém? Será que existe alguém a sua volta que goste de você? Nem a sua mãe?  ● A distorção: Habilidade de fazer mudanças em uma experiência. Quando utilizamos esse processo estamos julgando comportamento e pressupondo eventos que deem o significado pretendido por nós, não pelo nosso interlocutor. Com as distorções afirmamos conhecer a experiência interna do outro e dar o mesmo significado a duas experiências diferentes. Veja os exemplos dos padrões de distorção: Ex.: vou mal na escola… então tenho um problema de aprendizagem.  ● A leitura de mente: a pessoa tende a imaginar ou acreditar poder adivinhar o que o outro pensa, e ainda, espera que as outras pessoas façam o mesmo em relação a ela.


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